Assim como com o Dia Internacional da Mulher, existe toda uma história por trás dessa data. Sua origem está em 1960, na República Dominicana, data em que foram brutalmente asssassinadas as irmãs Patria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, por ordem do ditador Rafael Leônidas Trujillo. Quando Trujillo chegou ao poder, a família das três irmãs perdeu sua casa e suas posses. Revoltadas com a situação e também por acreditar que aquele governo era um total equívoco para seu país, formaram um grupo denominado "Las Mariposas", cujo objetivo era fazer oposição. Foi decidido então, em 17 de dezembro de 1999, na Assembleia Geral das Nações Unidas, que a data seria lembrada, em homenagem a essas mulheres de coragem, que sacrificaram suas vidas pelo que acreditavam ser melhor para seu país e não se calaram nem diante de toda a violência que sofreram antes de serem assassinadas.
Aqui no Brasil avançamos muito, com a implantação da Lei 11.340/06, conhecida com Lei Maria da Penha, que ampliou a proteção às vítimas, permitindo a prisão em flagrante do agressor. Mas somente isso não é o suficiente. É necessário, tanto vítima, quanto os que convivem ou estão dela próximos, denunciem. Porque muitas vezes a mulher não o faz, se sujeitando a uma situação de humilhação e violência por anos a fio, seja por amor, por medo ou por depender financeiramente do agressor. Assim como ocorre com a pedofilia, quem não denuncia é cúmplice do criminoso.